Me chamo João Paulo, tenho 38 anos, casado e pai de 2 feras. Sou Policial Militar e formado em Engenharia Civil. Pratico esporte desde os 8 anos.

Meu pai é educador físico, então os princípios do esporte sempre foram os pilares da minha criação e de meus irmãos. Não segui a profissão de meu pai, porém tudo que aprendi e experimento com esporte transfiro para educação de meus filhos, principalmente a força do esforço puro e honesto. Pratiquei vários esportes, como natação, futsal, handebol, artes márcias, corridas de rua, crossfit etc. Em 2019 iniciei no triathlon. Sem referências ou influencias.

Vendo imagens e vídeos de provas, acendeu uma mistura de curiosidade e entusiasmo. Sem buscar uma razão, em janeiro de 2019 me inscrevi para minha prova, Ironman 70.3 Rio de Janeiro, marcada para setembro do mesmo ano. Nem bike eu tinha, quanto mais os acessórios. No mês de março, arrumei os meios e encontrei uma assessoria esportiva específica de Triathlon na minha cidade, dando início a jornada. Dia 28 de abril, uma queda no meio da rodovia, uma fratura na clavícula, 90 dias de imobilização, evitei passar por cirurgia. Um sinal para parar? Claro que passou pela minha cabeça. Minha família aconselhando parar por aqui, entendia a preocupação deles, porém essa inspiração começou muito forte e pura para mim. Decidi insisti. Um propósito, uma queda, uma superação. Agosto retomei os treinos. Dia 22 de setembro, larguei correndo para dentro do mar. Terminei em último, faltando poucos minutos para estourar o tempo limite da prova. Conclui com o sentimento forte de vencedor, e de que sou capaz de me desafiar mais.

Essa primeira experiência no Triathlon me ensinou que superando desafios desenvolvemos nosso caráter de vencedor. Em seguida vivi mais experiências desafiadoras. Concluí Ironman Brasil, Ultramaratonas e o Patagonman.

Desde que iniciei no Triathlon e nas corridas de longa distância, nunca tive a inspiração de competir com o relógio, e sim com as distâncias. Defino meus desafios analisando as distâncias, o lugar e o momento da minha vida. Me esforço para não deixar nenhum prato cair.

Sei o preço da jornada desse desafio, venho meditando e conversando com minha família antes de tomar essa decisão. Minha esposa apoiou e resolvi me candidatar a esse evento. " Viva a jornada, seja humilde." Esse princípio está cravado na minha essência.

Não tenho como objetivo me tornar um atleta, e sim usufruir dos benefícios que o esporte traz. Só um trabalhador pai de família, que usa o esporte como uma ferramenta de desenvolvimento pessoal, e incentivando outras pessoas a praticar esportes.