Minha vida no esporte começou na natação, nadei por 10 anos - da adolescência até a faculdade. Participei de muitas competições nacionais e municipais, geralmente como nadador de peito -, e por também ter facilidade para correr, participei e venci alguns duatlos na época.

Quando comecei no meu primeiro emprego aos 16 anos, juntei o dinheiro por 10 meses e realizei meu sonho de ter minha primeira bicicleta road. A partir daí os meus esportes eram nadar, pedalar e correr – separadamente.

Em 2006 foi a primeira vez que ouvi falar sobre o Ironman e, ao mesmo tempo que parecia algo impossível, sabia que um dia tentaria completá-lo. Em 2013 me inscrevi para o IM Floripa e, após um ano intenso de preparação, faltando apenas um mês para a competição, eu sofri um acidente com a bike. O resultado? Uma clavícula e uma costela quebrada, e um sonho adiado. Porém eu não desistiria tão fácil, e em 2015 pude completar o meu primeiro Ironman em Florianópolis.

Comecei então a competir na distância 70.3 e participei de algumas provas do Toughman Brasil. Em uma dessas competições eu acabei em primeiro lugar da categoria, o que me levou ao mundial em Nova York em 2018. Tive a alegria de vencer a minha categoria nessa prova, mas vivi uma imensa tristeza ao perder minha esposa, que, por uma fatalidade, faleceu nessa viagem.

Fiquei afastado e sem propósito por ter perdido minha maior incentivadora.
Em fevereiro de 2019 um grande amigo que estava na frente do marketing da ON Running Brasil, me sugeriu recomeçar. Se eu aceitasse, a marca me apoiaria a fazer novamente o IM Floripa. Aceitei.

Comecei a treinar com o Spadotto e completei meu 3o IM de Floripa, em 2019, no meu melhor tempo até então: 9h33. A parceria estava dando tão certo que no mesmo ano fiz também o IM de Mar Del Plata.

Continuei treinando com o objetivo de conquistar a vaga para o mundial de Kona em 2020, mas veio a pandemia e passei 2 anos treinando para uma prova que nunca chegava. Deixei a assessoria, passei novamente a treinar sozinho e, em 2022, fiz meu 5º Ironman - esse já em companhia da minha namorada, atual esposa, que também está me incentivando a encarar esse Ultra.

O tempo passou, as prioridades mudaram e o triathlon não era uma delas. Os treinos eram apenas para manter o mínimo de condicionamento. Mas, eu sabia que não seria assim para sempre, afinal eu ainda tenho grandes metas relacionadas ao esporte, entre elas o UB515.

Foi então que um grande amigo me contou que tinha se inscrito para a edição de 2026 e, imediatamente, eu senti que era hora de encarar a desafiada rotina de treinos e me juntar a ele.

Tenho muita história para contar, mas o que importa é que amo o esporte, e principalmente um grande desafio. Sem egos inflados, como é a filosofia de vocês!