Bacharel em Direito, MBA em Direito Tributário, Pós-Graduado em Segurança Pública, Papiloscopista Policial Federal, Instrutor de Defesa Pessoal Policial e Professor de Técnicas Operacionais: Abordagem, Triatleta Amador com três provas na distância Ironman 140.6 e dez na distância 70.3.

Logo aos meus poucos meses de vida, meus pais ouviram de um médico de um Hospital nacional renomado a seguinte frase: “Seu filho não passará dos 15 anos de vida. Venda tudo, mude-se para cá, importe um medicamento experimental que está sendo desenvolvido nos EUA e talvez assim consiga prolongar a vida dele mais um pouco. ” A frase acima foi dita após cerca de quinze pneumonias consecutivas e eu ser diagnosticado com uma doença chamada de mucovicidose o que, na época, indicava uma baixíssima expectativa de vida para o doente.

Ao ouvir o diagnostico a resposta da minha mãe foi: Se mudar não vai salva-lo, ele vai morrer em casa.

Retornando ao subúrbio do interior de Alagoas, em São Miguel dos Campos, onde morávamos, minha mãe decidiu experimentar todas as formas de alimentação que pudesse melhorar minha saúde, além de exercícios recomendados por um médico local (que depois se tornou padrinho do meu casamento). Se ela ouvisse falar que determinada coisa fazia bem, colocava na sopa ou fazia chá e me obrigava a ingerir (era isso ou o chinelo). Até hoje não consigo tomar nem chá nem sopa.

Costumo dizer que quando criança ou estava doente ou estava de castigo. Pois bem, na época não existia diagnóstico de Hiperatividade, o diagnóstico que me fizeram foi de “menino capeta” mesmo. Era só eu melhorar um pouco a saúde que saía de casa para aprontar. A ausência de tecnologia na forma em que vemos hoje facilitava a atividade física entre as crianças: praticamente todas as brincadeiras exigiam “mexer-se”.

Neste processo entre alimentação, exercícios e atividade física minha saúde foi melhorando ao ponto de retornarmos ao hospital do primeiro diagnóstico para reavaliação e receber como resposta: “não podemos dizer que ele está curado, pois essa doença não tem cura, mas não encontramos nenhum indício de que ele alguma vez possuiu tal doença”. Milagre? Tirem suas próprias conclusões.

O que sabemos com certeza é que minha hiperatividade se transformou em uma louca paixão por esportes de qualquer natureza. Até minha entrada na Polícia Federal se deve ao esporte. Eu jogava Tênis com um Papiloscopista Policial Federal (hoje aposentado) que me convenceu a prestar concurso para o mesmo cargo dele, o qual hoje ocupo.

Hoje, além de ter vivido mais de 30 anos do que me foi inicialmente previsto, sou faixa preta de karatê, triatleta com diversas provas realizadas e alguns Ironmans e ainda me arrisco em tudo mais que minha cabeça inventa fazer.

Digo sempre que canso meu corpo para descansar minha mente e que quanto mais investimos em atividade física mais economizamos em farmácia e pretendo concluir o UB515 para mostrar que milagres acontecem e que disse o mestre Nelson Mandela “Tudo parece impossível até que seja feito”.